1 Final fantasy XIII-Episode 0 (tradução) Seg 02 Abr 2012, 15:37
JessicaUzumaki
Summoner
Boas,
Traduzi para vocês o Final Fantasy XIII - Episode 0,para quem não conhece eu explico o que é, Final Fantasy XIII -Episode 0 é um género de "novela" que explica os acontecimentos antes do XIII, explica como é que Serah tornou-se L'cie é claro que também fala dos outros protagonistas de Final Fantasy XIII. O Episode 0,tem vários episódios, os quais têm vários capítulos. Neste tópico vou postando por capítulos.
Final Fantasy XIII - Episódio 0
Encontro(Episódio 1)
Capítulo 1
Ela sabia que estava rodeada, mas não se sentia nervosa nem em pânico e só pensava no tempo que ia levar para derrota-los. “Tal como ouvi”,Lightning murmurou enquanto pegava na espada. Houve muitos banhos de sangue, um monstro que parecia-se com um peixe e tinha braços e pernas de anfíbio e que vivia em Water’s edge. Nos arredores da cidade costeira de Bodhum, é costume aparecer esse tipo de monstros aquáticos. Não é só os humanos que querem viver aqui, com esta temperatura amena, água, e com atmosfera de resort, parece que até os monstros encontram uma maneira fácil de viver.
Ela conseguia detectar quatro dos Reddish grey lumps na área, sentiu dois deles atrás dela. Um começou a rastejar. Ele estava a preparar-se para atacar. Ela deslizou a sua espada para o lado direito da sua visão. Resistência. Agora para a esquerda. A sua espada brilhou, tornando-se no seu nome, entre o banho de sangue. Agora dois estão derrotados. Ela sentiu alguma coisa a saltar por detrás dela. Mas a essa velocidade não deveria haver nenhum problema. Ela suspirou, rodopiou e cortou-o, agora só restava um atrás dela...
Foi então que ela saltou para trás. Ela ouviu disparos e começou de novo o banho de sangue. Agora mais um ficou coberto dos seus fluidos corporais verdes.
“Nós vamos ajudar!”
Lightning ouviu uma voz de mulher juntamente com o som da airbike. Não estas a ajudar, só estas no meu caminho, pensou ela, irritada e baixou a arma. O banho de sangue já tinha saído da atenção de Lightning. Ela não precisava de olhar para cima para saber que era uma mulher de baixo rank. Pelo som da airbike era óbvio que tinha sido remodelada. Não foi uma airbike que foi desenhada para estar destinada à segurança e que era vendida nos mercados regulares, nem é um modelo militar que é destinado a não fazer barulho. Era um barulho diferente. A mulher que guiava não podia ser cidadã ou soldado.
Mas na verdade, a mulher que tinha a arma na mão enquanto guiava com a outra, era de facto um homem com cabelo de cor azul. Ele era bastante jovem. Este tinha penas e jóias por todo o corpo e mesmo de longe via-se que ele tinha uma aparência muito chamativa. Atrás dele estava uma mulher de cabelo preto a agarrar uma arma enorme. A airbike desceu rapidamente e a mulher desceu e começou a disparar. Os dois restantes banhos de sangue voltaram, um atrás do outro e cresceram mais. Ela não disparava mal. Mas claro que isso foi depois dela ter gasto metade das munições.
A outra airbike desceu ao pé de Lightning lentamente e travou. Era conduzido por alguém que sabia o que estava a fazer.
“Ei tu aí soldado, estás num lugar perigoso não estás?”
A mulher de cabelo preto baixou a arma e sorriu. O decote da blusa dela era curto e aberto. Lightning podia ver uma tatuagem de uma borboleta nas costas ao pé dos seus ombros. Se o rapaz de cabelo azul tinha muitos adereços então podia-se dizer que ela mostrava muita pele. Nenhum dos dois vestia roupas de quem usava armas. Todos aqueles adereços iam atrapalhar numa luta de arma e ainda por cima, com uma arma tão larga como a daquela mulher aquece facilmente. Com tanta pele a mostra de certeza que não ia proteger das queimaduras. Amadores, pensou Lightning, depois perguntou:
“Quem são vocês?”
“Nós somos NORA”
Embora Lightning tenha dito aquilo com dureza e frieza, a outra mulher mal notou. Os seus olhos cor de âmbar brilharam como se estivesse encantada.
“Se és um soldado de Bodhum, ao menos já ouvistes falar um bocadinho de nós, certo?”
Confiante. Lightning estava interessada em saber porque é que essa mulher estava tão confiante de si mesma, mas ela não teve tempo para lhe perguntar.
“Desculpa, nunca” disse Lightning, com a sua curta voz depois rodopiou sobre o seu calcanhar. Ela conseguia ouvir vozes atrás dela.
“Mas…”
“Estranho, podia jurar que éramos mais famosos do que isso.”
Lightning andou um bocadinho mais depressa para não os ouvir. Que irritante. Eles interferiram com a missão dela, ainda por cima pensavam que estavam a ajuda-la. Ela não conseguia aguentar a forma como eles se sentiam tão orgulhosos de si mesmos, então ela mentiu-lhes e odiou-se por isso mesmo. Sim, ela mentiu. Mentiu que nunca tinha ouvido falar deles. Ela conhecia-os. Lightning tinha ouvido falar de um grupo que usava uma pequena loja na praia como quartel. Essa loja na verdade era um café frequentado por turistas mas também frequentado por cidadãos locais, mas não era o tipo de lugar que fosse popular entre raparigas colegiais.
“Nós somos como o gato-nora, um gato de rua, foi assim que criamos o nosso nome.”
Ainda mais irritante lembrar disso agora. Lightning desviou a atenção. Não penses em coisas desnecessárias disse ela para si mesma. Informar o Sargento que o trabalho tinha sido acabado, era o mais importante neste momento.
Havia muitos soldados no ponto de recolha (quartel). Os banhos de sangue não eram longe do sítio de onde foram reportados. Os monstros quando não são a favor de movimentos rápidos, não são assim tão fáceis de matar. Os monstros odeiam humanos, por isso não se vê monstros nas cidades, mas nos arredores a conversa é outra. Para aquelas pessoas que vivem nos arredores das cidades em que as casas são construídas fora das cidades, os monstros são um grande problema. Embora até os amadores consigam matar um pequeno, eles habitualmente andam em grandes grupos. Os únicos que vivem sozinhos são os monstros maiores e mais poderosos. Noutras palavras, se vires um a melhor coisa a fazer é avisar o exercito imediatamente, esse é o trabalho para a força de segurança, a unidade de Lightning.
Outros soldados vieram felicita-la pelo óptimo trabalho que tinha feito. Lightning foi ter ao escritório do superior dela. Não, ela não precisava de o procurar, o Sargento-mor Amoda podia ser ouvido de qualquer lado. Ela foi em direcção do seu riso.
Lightning franziu, Amoda estava a falar com um grupo que ela nunca tinha visto e ao lado deles estava uma airbike remodelada. Parecia mesmo com aquela que o homem de cabelo azul estava a conduzir. Quem era aquele tipo que estava a falar com o Sargento-mor todo amigável? Ele parecia confiante, mas parecia que estava sufocado. Ela não conseguia perceber se era das suas roupas ou era mesmo da maneira dele se mexer. Mas ela não conseguia dizer só ao olhar para ele que ele era o líder do grupo.
Os seus olhos cruzaram-se. Ela desviou o olhar. Ela admitiu que foi rude da sua parte, mas aquele homem tinha um ar suspeito. Ao aperceber-se do que se pasava, o Sargento-mor Amoda olhou para trás.
“Olá Comandante, bem-vinda de volta.”
Ele está a fazer aquilo outra vez, Lightning pensou, encolhendo os ombros. Ele gosta deste tipo de piadas.
“Comandante? Que tipo de piada é esta agora, Sargento-mor?” Pondo entoação a “Sargento-mor”. Infelizmente quando ela se juntou a eles, quando era novata, ela ficou boa a ignorar as piadas dele. Como é óbvio,
ás vezes é necessário responder.
“Bem, tu é que és a nossa líder, certo?” Se ele vai continuar a responder assim, não há mesmo nada a dizer da parte dela, então ela suspirou e decidiu ignora-lo.
“Quem é que é este?” Ela olhou para o homem que estava ao lado dela. Não interessava se o visses de longe ou de perto, ele era igual. Este olhou como se fosse uma “má notícia”.
“Eles são os NORA, sargento.” Um jovem soldado entrou na conversa.
“Não ouviu falar deles?”
NORA…outra vez, não. Ela mostrou um pouco da sua irritação. Acabei de os tirar da minha cabeça e aqui estão eles para mais.
“Um grupo de vigilância, constituída por jovens da cidade.” Ele aproveitou o silêncio dela e apercebeu-se que ela conhecia-os. Amoda continuou:
“O seu líder é Snow, que está aqui” Ela sentiu uma mistura de alegria e de desilusão ao ver que estava certa.
“Olá.” O seu cumprimento sem “mão”, fez-lhe sentir mais irritada. “Ele não pode ser um pouco mais formal?”-pensou ela.
“Esta é a nossa Comandante. Ela pode ser nova, mas é boa no que faz” Como prova, Amoda tocou no punho da espada de Lightning com os seus dedos.
“Esta é a espada que ela conseguiu à pouco tempo. Uma Blaze Edge… penso que vocês não percebem, mas se algum soldado vir isto, eles sabem o que significa.”
“Sargento-mor, não vamos falar sobre…” Lightning sabia o que é que ele ia falar e tentou para-lo, mas Amoda ignorou-a e continuou.
“Esta é a espada que só os melhores soldados recebem. O que estou a dizer é que quem tem esta espada, tem habilidades extraordinárias. Isso não é alguma coisa?” Agora é que ele estava a exagerar como o louvor, Lightning pensou. Ela queria para-lo antes que ele exagera-se ainda mais, mas não conseguia.
“E a Blaze Edge dela é especial. Tem uma inscrição que diz, como é que era mesmo? ‘White flash(relâmpago branco)…lembra-te do meu nome.’ Não era?” Na mente dela, ela corrigi-o ‘Invoca o meu nome’, mas ela não conseguia dizer aquela frase alto, era demasiado embaraçoso.
“Por favor, vamos deixar isto por hoje, ok?” embora ele tivesse dito aquilo mais ou menos na brincadeira, ela ficou feliz por ouvir tais palavras do superior. Mas há um limite do qual não deves ultrapassar, especialmente esse Snow, que estava em frente dela, enquanto Amoda falava, dizia:
“Isso é verdade?” e “Wow isso é fantástico” enquanto olhava directamente para ela. Foi tão insuportável.
“Está bem, está bem.” Amoda parecia desiludido à primeira mas depois riu-se apropriadamente.
“Ah, bem. Então foi por isso que a nossa Sargento acabou o trabalho tão rápido. Vocês ficaram desiludidos por desta vez não ter havido muito para ‘apanhar’ não?
“Nah, não é apenas os montros que são reportados que estão nas redondezas, você sabe.”
“A sério?”
“Sim, se os enxotar, eles vaiem um atrás de outro.”
“Olha, eu estou bem com o enxotar, mas não façam muitos distúrbios.” Depois ele disse: “Claro, claro.” Força de vigilância? Lightning pensou. Não me façam rir. São só um grupo de amadores que têm armas e estão se a fazer de “liga da justiça”… Ela queria dizer o que pensava deles, mas não ia mudar nada. Só se pode criticar quando se espera melhorar. Se não, é só uma perda de saliva.
“Vocês têm muita energia, não têm? Porque é que não se juntam ao exercito?”
“Regras e uniformes não têm a ver com a nossa personalidade, sabe.” Porque é que este tipo não pára de dizer coisas que irritam as pessoas? - pensou ela. Ele faz me mais do que furiosa. Mas o Sargento-mor Amoda apenas ria-se e disse: “Tem tento na tua língua” enquanto dava uma palmada nas costas de Snow, como se fossem velhos e bons amigos.
“Bem agora que os monstros estão mortos, está na altura de me ir embora.” Ao dizer isto subiu para a sua airbike.
“É melhor que não se metam em problemas”- disse o jovem soldado que antes se tinha metido na conversa. Ele tinha mais ou menos a idade deles, para além disso pareciam amigos.
“A PSICOM não tem nada a ver com a gente, nem contigo.”
PSICOM. Segurança e informação pública. O serviço secreto que faz parte do exército, eles só aceitam os soldados de elite. A força de segurança trabalha com as pessoas, podemos dizer que eles aqueceram a relação com as pessoas, mas a PSICOM não tem isso. Não, a PSICOM nunca vai deixar que os NORA existam, mas um grupo feito de cidadãos não sabe isso. Todos os membros de NORA estavam “excitados” com as palavras simpáticas dos jovens soldados.
“Nós ficamos bem… Nós somos mais fortes do que qualquer exercito.” O líder será o líder, os membros serão os membros, mas o jovem soldado não parecia importar-se e apenas disse: “Estás demasiado confiante, não estás?” enquanto se ria.
Lightning pensou isso, não é que eles tivessem de acordo mas eles estão a fazer coisas que uma pessoa normal não faria. Ela pensou em ignora-los e esquece-los, seria o melhor a fazer. Mas…
“Espera.” Quando ela apercebeu-se do que tinha acabado de fazer, já o tinha perseguido e já o tinha feito parar. Ela tinha que dizer uma coisa, só uma coisa.
“O teu nome é Snow, não é?”
“Sim?” Snow já se tinha preparado para virar.
“És tu que tens andado atrás da minha irmã mais nova.”
“Irmã mais nova?”
“Serah Farron” Ela mal tinha acabado de dizer o nome Serah quando Snow disse “Ah!” e desceu da airbike para correr até ela.
“Então és tu que és a irmã dela, hã? A tua cara é parecida, mas vocês as duas parecem tão diferentes.” Ele parecia feliz, Lightning sentiu-se desorientada. Snow era como uma criança que tinha encontrado alguns doces.
“A Serah disse-me que a irmã dela era soldado. Quando nos conhecemos, na altura pensei que fosses tu, e realmente és tu a irmã dela.” Ele disse o nome Serah de uma forma tão familiar, que a irritação que ela tinha sentido antes, voltou. Lightning já estava pronta para lhe gritar, quando ele estendeu a sua mão direita.
“Prazer em conhecer-te! Sou o Snow Villiers.” A sua mão era enorme. Ela pensou que talvez as mãos dele parecessem enormes devido as luvas de cabedal. Não, pedir um aperto de mão enquanto usava luvas, este homem realmente não sabe nada de formalidade.
“Não te envolvas com a minha irmã.” Ela ignorou o aperto de mão. Lightning não se sentia amigável com ele.
“Porquê?” Os olhos de Snow olharam para os seus dedos esticados, depois olharam para a cara de Lightning e voltaram. Não deve ter percebido o que ela disse.
“Eu disse, não te envolvas com a minha irmã.” Snow tirou a mão e pôs a atrás. Ele percebeu finalmente que tinha sido rejeitado. Mesmo assim, ele não desistiu e disse hesitantemente:
“E se eu envolver-me?” Não preciso de lhe responder, já disse o que tinha a dizer, - pensou ela. Ela tentou voltar-se para trás, mas alguma coisa bateu nos seus dedos do pé.
Um coco. Era um tipo de coco que vem das palmeiras de Bodhum, e se dissesses palmeira às pessoas daqui, elas vão pensar nesta árvore. Cresce rápido, as folhas são grandes e largas, são muito apreciadas pelas pessoas que caminham na praia. Mas elas são diferentes das palmeiras normais e os cocos não são comestíveis. Eles são enormes, não interessa se os comes crus ou cozinhados, eles não podem ser comidos. Como este homem, Lightning pensou.
“Então e se eu me envolver? Depois o quê?” ela pôs o pé dela em cima do coco.
“Apenas não o faças.” Ela lentamente juntou os dedos das mãos e estalou as articulações. Isto não foi exactamente como ela pensou livrar-se do homem que andava atrás da irmã, mas era inevitável. O pé dela descaiu do coco e Snow deu um pontapé no coco, fazendo um arco. Ele era como um miúdo que era bom a pontapear bolas.
“Desculpa, mas se me socares, mesmo assim não vai funcionar.” Será que ele estava a tentar dizer que um soco de uma mulher não é forte o suficiente ou ele está a tentar dizer que não a vai ouvir? Provavelmente as duas.
“Porque sou cabeça dura.” Ele sorriu ao dizer aquilo, Lightning ficou ainda mais furiosa. Ela voltou-se e foi-se embora. Eu não gosto dele, ela pensou. Leva as crianças e faz de general, aplaude os fracos… Homem horrível. Onde é que Serah lhe vê interesse? Claro, ela acha-o interessante. Ela não gosta mesmo dele. Claro.
“Sargento Farron, conhece-o?”
Eles não os devem ter ouvido, mas provavelmente viram-lhes a discutir. O jovem soldado parecia ansioso quando perguntou.
“Não, nem por isso.” Ela não o conhecia. E não planeava ter nada a ver com ele. Lightning não se referia só a ela, mas também a Serah.
“Vou voltar.” Lightning mexeu no cabelo e afastou-se.
Traduzi para vocês o Final Fantasy XIII - Episode 0,para quem não conhece eu explico o que é, Final Fantasy XIII -Episode 0 é um género de "novela" que explica os acontecimentos antes do XIII, explica como é que Serah tornou-se L'cie é claro que também fala dos outros protagonistas de Final Fantasy XIII. O Episode 0,tem vários episódios, os quais têm vários capítulos. Neste tópico vou postando por capítulos.
Final Fantasy XIII
Episódio 0
Episódio 0
Traduzido por:
Jéssica Lubrano
(JessicaUzumaki)
Jéssica Lubrano
(JessicaUzumaki)
Final Fantasy XIII - Episódio 0
Encontro(Episódio 1)
Capítulo 1
Ela sabia que estava rodeada, mas não se sentia nervosa nem em pânico e só pensava no tempo que ia levar para derrota-los. “Tal como ouvi”,Lightning murmurou enquanto pegava na espada. Houve muitos banhos de sangue, um monstro que parecia-se com um peixe e tinha braços e pernas de anfíbio e que vivia em Water’s edge. Nos arredores da cidade costeira de Bodhum, é costume aparecer esse tipo de monstros aquáticos. Não é só os humanos que querem viver aqui, com esta temperatura amena, água, e com atmosfera de resort, parece que até os monstros encontram uma maneira fácil de viver.
Ela conseguia detectar quatro dos Reddish grey lumps na área, sentiu dois deles atrás dela. Um começou a rastejar. Ele estava a preparar-se para atacar. Ela deslizou a sua espada para o lado direito da sua visão. Resistência. Agora para a esquerda. A sua espada brilhou, tornando-se no seu nome, entre o banho de sangue. Agora dois estão derrotados. Ela sentiu alguma coisa a saltar por detrás dela. Mas a essa velocidade não deveria haver nenhum problema. Ela suspirou, rodopiou e cortou-o, agora só restava um atrás dela...
Foi então que ela saltou para trás. Ela ouviu disparos e começou de novo o banho de sangue. Agora mais um ficou coberto dos seus fluidos corporais verdes.
“Nós vamos ajudar!”
Lightning ouviu uma voz de mulher juntamente com o som da airbike. Não estas a ajudar, só estas no meu caminho, pensou ela, irritada e baixou a arma. O banho de sangue já tinha saído da atenção de Lightning. Ela não precisava de olhar para cima para saber que era uma mulher de baixo rank. Pelo som da airbike era óbvio que tinha sido remodelada. Não foi uma airbike que foi desenhada para estar destinada à segurança e que era vendida nos mercados regulares, nem é um modelo militar que é destinado a não fazer barulho. Era um barulho diferente. A mulher que guiava não podia ser cidadã ou soldado.
Mas na verdade, a mulher que tinha a arma na mão enquanto guiava com a outra, era de facto um homem com cabelo de cor azul. Ele era bastante jovem. Este tinha penas e jóias por todo o corpo e mesmo de longe via-se que ele tinha uma aparência muito chamativa. Atrás dele estava uma mulher de cabelo preto a agarrar uma arma enorme. A airbike desceu rapidamente e a mulher desceu e começou a disparar. Os dois restantes banhos de sangue voltaram, um atrás do outro e cresceram mais. Ela não disparava mal. Mas claro que isso foi depois dela ter gasto metade das munições.
A outra airbike desceu ao pé de Lightning lentamente e travou. Era conduzido por alguém que sabia o que estava a fazer.
“Ei tu aí soldado, estás num lugar perigoso não estás?”
A mulher de cabelo preto baixou a arma e sorriu. O decote da blusa dela era curto e aberto. Lightning podia ver uma tatuagem de uma borboleta nas costas ao pé dos seus ombros. Se o rapaz de cabelo azul tinha muitos adereços então podia-se dizer que ela mostrava muita pele. Nenhum dos dois vestia roupas de quem usava armas. Todos aqueles adereços iam atrapalhar numa luta de arma e ainda por cima, com uma arma tão larga como a daquela mulher aquece facilmente. Com tanta pele a mostra de certeza que não ia proteger das queimaduras. Amadores, pensou Lightning, depois perguntou:
“Quem são vocês?”
“Nós somos NORA”
Embora Lightning tenha dito aquilo com dureza e frieza, a outra mulher mal notou. Os seus olhos cor de âmbar brilharam como se estivesse encantada.
“Se és um soldado de Bodhum, ao menos já ouvistes falar um bocadinho de nós, certo?”
Confiante. Lightning estava interessada em saber porque é que essa mulher estava tão confiante de si mesma, mas ela não teve tempo para lhe perguntar.
“Desculpa, nunca” disse Lightning, com a sua curta voz depois rodopiou sobre o seu calcanhar. Ela conseguia ouvir vozes atrás dela.
“Mas…”
“Estranho, podia jurar que éramos mais famosos do que isso.”
Lightning andou um bocadinho mais depressa para não os ouvir. Que irritante. Eles interferiram com a missão dela, ainda por cima pensavam que estavam a ajuda-la. Ela não conseguia aguentar a forma como eles se sentiam tão orgulhosos de si mesmos, então ela mentiu-lhes e odiou-se por isso mesmo. Sim, ela mentiu. Mentiu que nunca tinha ouvido falar deles. Ela conhecia-os. Lightning tinha ouvido falar de um grupo que usava uma pequena loja na praia como quartel. Essa loja na verdade era um café frequentado por turistas mas também frequentado por cidadãos locais, mas não era o tipo de lugar que fosse popular entre raparigas colegiais.
“Nós somos como o gato-nora, um gato de rua, foi assim que criamos o nosso nome.”
Ainda mais irritante lembrar disso agora. Lightning desviou a atenção. Não penses em coisas desnecessárias disse ela para si mesma. Informar o Sargento que o trabalho tinha sido acabado, era o mais importante neste momento.
Havia muitos soldados no ponto de recolha (quartel). Os banhos de sangue não eram longe do sítio de onde foram reportados. Os monstros quando não são a favor de movimentos rápidos, não são assim tão fáceis de matar. Os monstros odeiam humanos, por isso não se vê monstros nas cidades, mas nos arredores a conversa é outra. Para aquelas pessoas que vivem nos arredores das cidades em que as casas são construídas fora das cidades, os monstros são um grande problema. Embora até os amadores consigam matar um pequeno, eles habitualmente andam em grandes grupos. Os únicos que vivem sozinhos são os monstros maiores e mais poderosos. Noutras palavras, se vires um a melhor coisa a fazer é avisar o exercito imediatamente, esse é o trabalho para a força de segurança, a unidade de Lightning.
Outros soldados vieram felicita-la pelo óptimo trabalho que tinha feito. Lightning foi ter ao escritório do superior dela. Não, ela não precisava de o procurar, o Sargento-mor Amoda podia ser ouvido de qualquer lado. Ela foi em direcção do seu riso.
Lightning franziu, Amoda estava a falar com um grupo que ela nunca tinha visto e ao lado deles estava uma airbike remodelada. Parecia mesmo com aquela que o homem de cabelo azul estava a conduzir. Quem era aquele tipo que estava a falar com o Sargento-mor todo amigável? Ele parecia confiante, mas parecia que estava sufocado. Ela não conseguia perceber se era das suas roupas ou era mesmo da maneira dele se mexer. Mas ela não conseguia dizer só ao olhar para ele que ele era o líder do grupo.
Os seus olhos cruzaram-se. Ela desviou o olhar. Ela admitiu que foi rude da sua parte, mas aquele homem tinha um ar suspeito. Ao aperceber-se do que se pasava, o Sargento-mor Amoda olhou para trás.
“Olá Comandante, bem-vinda de volta.”
Ele está a fazer aquilo outra vez, Lightning pensou, encolhendo os ombros. Ele gosta deste tipo de piadas.
“Comandante? Que tipo de piada é esta agora, Sargento-mor?” Pondo entoação a “Sargento-mor”. Infelizmente quando ela se juntou a eles, quando era novata, ela ficou boa a ignorar as piadas dele. Como é óbvio,
ás vezes é necessário responder.
“Bem, tu é que és a nossa líder, certo?” Se ele vai continuar a responder assim, não há mesmo nada a dizer da parte dela, então ela suspirou e decidiu ignora-lo.
“Quem é que é este?” Ela olhou para o homem que estava ao lado dela. Não interessava se o visses de longe ou de perto, ele era igual. Este olhou como se fosse uma “má notícia”.
“Eles são os NORA, sargento.” Um jovem soldado entrou na conversa.
“Não ouviu falar deles?”
NORA…outra vez, não. Ela mostrou um pouco da sua irritação. Acabei de os tirar da minha cabeça e aqui estão eles para mais.
“Um grupo de vigilância, constituída por jovens da cidade.” Ele aproveitou o silêncio dela e apercebeu-se que ela conhecia-os. Amoda continuou:
“O seu líder é Snow, que está aqui” Ela sentiu uma mistura de alegria e de desilusão ao ver que estava certa.
“Olá.” O seu cumprimento sem “mão”, fez-lhe sentir mais irritada. “Ele não pode ser um pouco mais formal?”-pensou ela.
“Esta é a nossa Comandante. Ela pode ser nova, mas é boa no que faz” Como prova, Amoda tocou no punho da espada de Lightning com os seus dedos.
“Esta é a espada que ela conseguiu à pouco tempo. Uma Blaze Edge… penso que vocês não percebem, mas se algum soldado vir isto, eles sabem o que significa.”
“Sargento-mor, não vamos falar sobre…” Lightning sabia o que é que ele ia falar e tentou para-lo, mas Amoda ignorou-a e continuou.
“Esta é a espada que só os melhores soldados recebem. O que estou a dizer é que quem tem esta espada, tem habilidades extraordinárias. Isso não é alguma coisa?” Agora é que ele estava a exagerar como o louvor, Lightning pensou. Ela queria para-lo antes que ele exagera-se ainda mais, mas não conseguia.
“E a Blaze Edge dela é especial. Tem uma inscrição que diz, como é que era mesmo? ‘White flash(relâmpago branco)…lembra-te do meu nome.’ Não era?” Na mente dela, ela corrigi-o ‘Invoca o meu nome’, mas ela não conseguia dizer aquela frase alto, era demasiado embaraçoso.
“Por favor, vamos deixar isto por hoje, ok?” embora ele tivesse dito aquilo mais ou menos na brincadeira, ela ficou feliz por ouvir tais palavras do superior. Mas há um limite do qual não deves ultrapassar, especialmente esse Snow, que estava em frente dela, enquanto Amoda falava, dizia:
“Isso é verdade?” e “Wow isso é fantástico” enquanto olhava directamente para ela. Foi tão insuportável.
“Está bem, está bem.” Amoda parecia desiludido à primeira mas depois riu-se apropriadamente.
“Ah, bem. Então foi por isso que a nossa Sargento acabou o trabalho tão rápido. Vocês ficaram desiludidos por desta vez não ter havido muito para ‘apanhar’ não?
“Nah, não é apenas os montros que são reportados que estão nas redondezas, você sabe.”
“A sério?”
“Sim, se os enxotar, eles vaiem um atrás de outro.”
“Olha, eu estou bem com o enxotar, mas não façam muitos distúrbios.” Depois ele disse: “Claro, claro.” Força de vigilância? Lightning pensou. Não me façam rir. São só um grupo de amadores que têm armas e estão se a fazer de “liga da justiça”… Ela queria dizer o que pensava deles, mas não ia mudar nada. Só se pode criticar quando se espera melhorar. Se não, é só uma perda de saliva.
“Vocês têm muita energia, não têm? Porque é que não se juntam ao exercito?”
“Regras e uniformes não têm a ver com a nossa personalidade, sabe.” Porque é que este tipo não pára de dizer coisas que irritam as pessoas? - pensou ela. Ele faz me mais do que furiosa. Mas o Sargento-mor Amoda apenas ria-se e disse: “Tem tento na tua língua” enquanto dava uma palmada nas costas de Snow, como se fossem velhos e bons amigos.
“Bem agora que os monstros estão mortos, está na altura de me ir embora.” Ao dizer isto subiu para a sua airbike.
“É melhor que não se metam em problemas”- disse o jovem soldado que antes se tinha metido na conversa. Ele tinha mais ou menos a idade deles, para além disso pareciam amigos.
“A PSICOM não tem nada a ver com a gente, nem contigo.”
PSICOM. Segurança e informação pública. O serviço secreto que faz parte do exército, eles só aceitam os soldados de elite. A força de segurança trabalha com as pessoas, podemos dizer que eles aqueceram a relação com as pessoas, mas a PSICOM não tem isso. Não, a PSICOM nunca vai deixar que os NORA existam, mas um grupo feito de cidadãos não sabe isso. Todos os membros de NORA estavam “excitados” com as palavras simpáticas dos jovens soldados.
“Nós ficamos bem… Nós somos mais fortes do que qualquer exercito.” O líder será o líder, os membros serão os membros, mas o jovem soldado não parecia importar-se e apenas disse: “Estás demasiado confiante, não estás?” enquanto se ria.
Lightning pensou isso, não é que eles tivessem de acordo mas eles estão a fazer coisas que uma pessoa normal não faria. Ela pensou em ignora-los e esquece-los, seria o melhor a fazer. Mas…
“Espera.” Quando ela apercebeu-se do que tinha acabado de fazer, já o tinha perseguido e já o tinha feito parar. Ela tinha que dizer uma coisa, só uma coisa.
“O teu nome é Snow, não é?”
“Sim?” Snow já se tinha preparado para virar.
“És tu que tens andado atrás da minha irmã mais nova.”
“Irmã mais nova?”
“Serah Farron” Ela mal tinha acabado de dizer o nome Serah quando Snow disse “Ah!” e desceu da airbike para correr até ela.
“Então és tu que és a irmã dela, hã? A tua cara é parecida, mas vocês as duas parecem tão diferentes.” Ele parecia feliz, Lightning sentiu-se desorientada. Snow era como uma criança que tinha encontrado alguns doces.
“A Serah disse-me que a irmã dela era soldado. Quando nos conhecemos, na altura pensei que fosses tu, e realmente és tu a irmã dela.” Ele disse o nome Serah de uma forma tão familiar, que a irritação que ela tinha sentido antes, voltou. Lightning já estava pronta para lhe gritar, quando ele estendeu a sua mão direita.
“Prazer em conhecer-te! Sou o Snow Villiers.” A sua mão era enorme. Ela pensou que talvez as mãos dele parecessem enormes devido as luvas de cabedal. Não, pedir um aperto de mão enquanto usava luvas, este homem realmente não sabe nada de formalidade.
“Não te envolvas com a minha irmã.” Ela ignorou o aperto de mão. Lightning não se sentia amigável com ele.
“Porquê?” Os olhos de Snow olharam para os seus dedos esticados, depois olharam para a cara de Lightning e voltaram. Não deve ter percebido o que ela disse.
“Eu disse, não te envolvas com a minha irmã.” Snow tirou a mão e pôs a atrás. Ele percebeu finalmente que tinha sido rejeitado. Mesmo assim, ele não desistiu e disse hesitantemente:
“E se eu envolver-me?” Não preciso de lhe responder, já disse o que tinha a dizer, - pensou ela. Ela tentou voltar-se para trás, mas alguma coisa bateu nos seus dedos do pé.
Um coco. Era um tipo de coco que vem das palmeiras de Bodhum, e se dissesses palmeira às pessoas daqui, elas vão pensar nesta árvore. Cresce rápido, as folhas são grandes e largas, são muito apreciadas pelas pessoas que caminham na praia. Mas elas são diferentes das palmeiras normais e os cocos não são comestíveis. Eles são enormes, não interessa se os comes crus ou cozinhados, eles não podem ser comidos. Como este homem, Lightning pensou.
“Então e se eu me envolver? Depois o quê?” ela pôs o pé dela em cima do coco.
“Apenas não o faças.” Ela lentamente juntou os dedos das mãos e estalou as articulações. Isto não foi exactamente como ela pensou livrar-se do homem que andava atrás da irmã, mas era inevitável. O pé dela descaiu do coco e Snow deu um pontapé no coco, fazendo um arco. Ele era como um miúdo que era bom a pontapear bolas.
“Desculpa, mas se me socares, mesmo assim não vai funcionar.” Será que ele estava a tentar dizer que um soco de uma mulher não é forte o suficiente ou ele está a tentar dizer que não a vai ouvir? Provavelmente as duas.
“Porque sou cabeça dura.” Ele sorriu ao dizer aquilo, Lightning ficou ainda mais furiosa. Ela voltou-se e foi-se embora. Eu não gosto dele, ela pensou. Leva as crianças e faz de general, aplaude os fracos… Homem horrível. Onde é que Serah lhe vê interesse? Claro, ela acha-o interessante. Ela não gosta mesmo dele. Claro.
“Sargento Farron, conhece-o?”
Eles não os devem ter ouvido, mas provavelmente viram-lhes a discutir. O jovem soldado parecia ansioso quando perguntou.
“Não, nem por isso.” Ela não o conhecia. E não planeava ter nada a ver com ele. Lightning não se referia só a ela, mas também a Serah.
“Vou voltar.” Lightning mexeu no cabelo e afastou-se.
Última edição por JessicaUzumaki em Qui 26 Abr 2012, 21:06, editado 1 vez(es)